Risco perio-ortodôntico – classificação das diferentes condições de inserção óssea alveolar

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O número de pacientes adultos na clínica ortodôntica tem aumentado significativamente nos últimos anos, representando hoje 20% do atendimento desta especialidade. Mediante este cenário, o ortodontista deve estar consciente da importância do diagnóstico e abordagem terapêutica fornecida a estes pacientes. O conhecimento das características de normalidade e anormalidade do periodonto, antes de se iniciar o tratamento, é de extrema importância na determinação do risco do paciente em desenvolver problemas periodontais futuros quando da movimentação dentária induzida.

A classificação das diferentes condições de inserção óssea alveolar sugerida pelos autores tem o fim precípuo de auxiliar o profissional, durante o diagnóstico, a classificar o elemento dentário quanto à quantidade de tecido ósseo nas superfícies vestibular e lingual do mesmo, além de proporcionar uma melhor e dinâmica comunicação entre os profissionais de áreas afins. É didática e visualmente rápida permitindo classificar as condições de risco do elemento dental em nove tipos distintos.

A condição de inserção óssea alveolar foi classificada, por meio de Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico, de acordo com a presença ou ausência de osso nos terços de avaliação do elemento dentário, na visão sagital. Na imagem tomográfica, identifica-se a junção cemento-esmalte e o ápice radicular, sendo a distância entre eles o comprimento total da raiz. Esta distância é dividida em três terços iguais, abrangendo as superfícies vestibular e lingual. Visualmente, os terços da raiz são designados nominalmente em cervical, médio e apical, e de acordo com a superfície radicular, consideraram-se as siglas V1, V2, V3, L1, L2 e L3, sendo V para a superfície vestibular, L para a lingual, e o número 1 para a região cervical, 2 para a média e 3 para a região apical.

 

Classificação

V1L1: tecido ósseo no terço cervical vestibular e lingual.

V1L2: tecido ósseo no terço cervical vestibular e no terço médio lingual.

V1L3: tecido ósseo no terço cervical vestibular e no terço apical lingual.

V2L1: tecido ósseo no terço médio vestibular e no terço cervical lingual.

V2L2: tecido ósseo no terço médio vestibular e lingual.

V2L3: tecido ósseo no terço médio vestibular e no terço apical lingual.

V3L1: tecido ósseo no terço apical vestibular e no terço cervical lingual.

V3L2: tecido ósseo no terço apical vestibular e no terço médio lingual.

V3L3: tecido ósseo no terço apical vestibular e lingual.

 

A classificação é precedida pelo número correspondente ao dente, como por exemplo: 23V3L2, referindo-se ao elemento dentário 23, com tecido ósseo no terço apical vestibular e no terço médio lingual. Após a classificação do dente em questão, os autores sugerem mensurar em milímetros (mm) a quantidade de tecido ósseo em cada terço. Desta forma, as siglas de análise podem ser complementadas por valores numéricos, como por exemplo: V3=0,72mm e L2=5,56mm.

 

As mesmas considerações podem ser aplicadas para a superfície mesial, representada pela letra M e superfície distal, representada pela letra D.

 

Referência

Nahás-Scocate ACR, Scocate MC. Risco perio-ortodôntico – uma sugestão de classificação para diferentes condições de inserção óssea alveolar.


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