Biomimética na Odontologia – aplicabilidade dos materiais estéticos odontológicos

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A estrutura humana é repleta de diferentes tecidos com diferentes funções, tanto tecidos moles como tecidos duros. A associação destes tecidos formadores de órgãos e sistemas altamente específicos permitem o correto funcionamento do corpo humano. Uma das maiores preocupações da pesquisa médica atual está relacionada a reparação parcial ou total de tecidos perdidos no sistema corporal por algum substituto artificial que apresente as mesmas características funcionais e mecânicas, ou que apresente a maior similaridade possível.

A Biomimética é uma ciência interdisciplinar que estuda os biomateriais, envolvendo a avaliação da composição das estruturas naturais e seu comportamento mecânico com o objetivo de se encontrar novos e melhores substitutos para a estrutura perdida.

 

Na medicina dental a Biomimética apresenta uma alta aplicabilidade. Ela está diretamente relacionada a forma de se restaurar e o material escolhido para um órgão dental que apresenta perda estrutural. O material odontológico deve por obrigação permitir a recuperação biomecânica do dente original por meio da restauração.

 

A estrutura dental apresenta a mesma forma e composição há mais de 3 mil anos, formada por esmalte, dentina, junção amelo dentinária e tecido pulpar. A variação estrutural do órgão dental se dá por atuação forças externas, como cárie, doença periodontal, parafunções, ataques químicos e físicos, que promovem uma modificação desse sistema.

 

O conhecimento do funcionamento do elemento dental se torna essencial para o estudo da Biomimética Dental, pois por meio do conhecimento da dissipação das cargas do elemento dental conseguiremos encontrar o melhor substituto para a estrutura perdida.

 

O dente apresenta uma resilência particular na sua estrutura, com a associação de dois tecidos diferentes na sua composição, que são  esmalte e dentina, unidos pela junção amelo dentinária, que tem um papel fundamental na transmissão de cargas mastigatórias do esmalte para a dentina, permitindo um funcionamento perfeito na dissipação dessas cargas e permitindo uma durabilidade dessa estrutura.

Muitos materiais restauradores não respeitam a necessidade desse mimetismo, as vezes pelo excesso de rigidez, podendo promover danos drásticos a essa estrutura quando há um trauma.

 

É melhor procurar o desenvolvimento de materiais restauradores mais fortes e rígidos ou, pelo contrário, encontrar tipos de tratamento que reproduzam o comportamento biomecânico da estrutura dental intacta?

 

Com o desenvolvimento dos materiais odontológicos e o avanço dos sistemas adesivos, a odontologia permite na atualidade a recuperação da estrutura dental de uma forma muito próxima as características da estrutura original.


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